Pode morar no meu colo


Carrego na memória
O cheiro doce das lembranças
Cada pequeno passo até chegar a este marco —
Juntos, permanecemos aqui

Nos olhos marejados
Com os cabelos molhados
Os pés descalços
E as mãos entrelaçadas

Os descaminhos contamos nos dedos
Nossa luta quase árdua, porém lutada lado a lado
Nemou-se fardo leve
O agora nos compõe, nele construímos nosso lar
Tudo que vivemos fez da nossa história
Um poético pedacinho de nós

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aspas
A cada nova linha que completo
Um novo amanhecer se faz aqui
Trazendo luz pra minha escuridão interna

As linhas em branco
Me concedem o poder
De traduzir as fagulhas do meu caos interno
E me aproximar cada vez mais de mim

(Em branco, escrito em 25 de abril de 2023)